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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Waldemar Cordeiro: o brasileiro precursor da arte mediada por computadores

Arlindo Machado
REVISTA ECO PÓS
ARTE, TECNOLOGIA E MEDIAÇÃO
V. 18, N. 1, 2015

RESUMO: Entre os anos 1960 e começos dos 70, Waldemar Cordeiro, depois de uma rica incursão como um dos principais artífices da experiência conhecida como arte concreta, iniciou uma das mais inventivas carreiras como um pioneiro da arte computacional, chamada por ele de arteônica, não apenas no Brasil, mas também no plano mundial. Cordeiro foi também um dos seus pioneiros no plano internacional. Muito cedo ele se deu conta de que as formas artesanais de arte iriam sofrer um impacto sem precedentes com o advento das novas tecnologias (o computador principalmente), a absorção de processos industriais e a incorporação de novos circuitos de difusão. Dentre os artistas do Brasil em seu tempo, Cordeiro foi aquele que soube extrair mais consequências dessa convicção. Embora a maior parte dos pioneiros da “computer art”, nos anos 1960/70, tenham sido europeus e norte-americanos, Waldemar Cordeiro não apenas descentrou esse movimento, deslocando-o para fora do Primeiro Mundo, como também soube dar uma dimensão crítica a essa corrente artística, acrescentando às imagens o comentário político-social.